Eram onze horas da noite. O jantar estava para ser servido, todos se aglomeravam nos cômodos da casa e vez ou outra, seguiam para cozinha; tentavam beliscar os petiscos semi-prontos que na mesa se exibiam para a fome entusiasmada que na casa se instaurava.
Era clima de festa, mais nada precisava acontecer. Somente o fato de comemorar justificava o clima e o sorriso que desfilavam exuberantes entre a sala e a cozinha. As mulheres, lindas, preocupadas com os preparativos e os homens, agitados, preparando a bebida de todos. Era tudo um pouco convencional para um grupo que cotidianamente foge do tradicional, talvez seja esse o fato de estarem pulsantes, mal percebiam que seus hábitos eram familiares, que suas relações ultrapassavam o limite do contato.
Era quase meia noite. Comeram e beberam uns aos outros, brincaram, mas desta vez não cantaram como de costume; não cantaram! Era tão comum o canto e eles nem perceberam que não precisaram cantar, talvez seja esse o fato de estarem pulsantes, mal percebiam que seus hábitos eram familiares, que suas relações ultrapassavam o limite do contato.
Era madrugada. Trocaram presentes, se abraçaram, se beijaram, dava pra sentir a expectativa na surpresa. Surpresa! Algo foge o tradicional e retorna a obviedade. Num dos presentes saiu um espelho, tão pobre, pequeno, era embaçado demais pra todos eles, afinal eles estavam pulsantes, mal percebiam que seus hábitos eram familiares, que suas relações ultrapassavam o limite do contato.
Era um clima de festa. Acabaram os presentes, os abraços e os beijos e ainda havia mais comida e bebida. Não se importaram. Despediram-se e aos poucos esvaziaram os cômodos da casa, interromperam o desfile de sorrisos, estavam cansados dali. Alguns insistiram e ficaram, mas só falavam do espelho. Acho que um deles não gostou. Acho que vários deles. Por que um espelho? O que tem de tão embaçado nele? Não sei. Sei que voltaram felizes, ainda pulsantes. A surpresa ultrapassou o limite do contato.
Era clima de festa, mais nada precisava acontecer. Somente o fato de comemorar justificava o clima e o sorriso que desfilavam exuberantes entre a sala e a cozinha. As mulheres, lindas, preocupadas com os preparativos e os homens, agitados, preparando a bebida de todos. Era tudo um pouco convencional para um grupo que cotidianamente foge do tradicional, talvez seja esse o fato de estarem pulsantes, mal percebiam que seus hábitos eram familiares, que suas relações ultrapassavam o limite do contato.
Era quase meia noite. Comeram e beberam uns aos outros, brincaram, mas desta vez não cantaram como de costume; não cantaram! Era tão comum o canto e eles nem perceberam que não precisaram cantar, talvez seja esse o fato de estarem pulsantes, mal percebiam que seus hábitos eram familiares, que suas relações ultrapassavam o limite do contato.
Era madrugada. Trocaram presentes, se abraçaram, se beijaram, dava pra sentir a expectativa na surpresa. Surpresa! Algo foge o tradicional e retorna a obviedade. Num dos presentes saiu um espelho, tão pobre, pequeno, era embaçado demais pra todos eles, afinal eles estavam pulsantes, mal percebiam que seus hábitos eram familiares, que suas relações ultrapassavam o limite do contato.
Era um clima de festa. Acabaram os presentes, os abraços e os beijos e ainda havia mais comida e bebida. Não se importaram. Despediram-se e aos poucos esvaziaram os cômodos da casa, interromperam o desfile de sorrisos, estavam cansados dali. Alguns insistiram e ficaram, mas só falavam do espelho. Acho que um deles não gostou. Acho que vários deles. Por que um espelho? O que tem de tão embaçado nele? Não sei. Sei que voltaram felizes, ainda pulsantes. A surpresa ultrapassou o limite do contato.
Que delícia de texto, Má! Adorei...A noite foi bem o que você descreveu mesmo.
ResponderExcluirQuanto ao espelho, acredito que o problema maior foi o fato de ter sido entregue para pessoa de tão nobre alma. Totalmente dispensável.
Te amo.
verdade insofismável: "mal percebiam que seus hábitos eram familiares, que suas relações ultrapassavam o limite do contato."
ResponderExcluirgostei disso naquela noite. gostei muito do fato de não termos cantado.
mas pra mim o espelho não estava realmente embaçado; ele não passou de um reflexo, de uma imagem mal captada, de um olhar mal-olhado mais pra dentro, se é que me entende...
Não sei de que noite se refere, por isso não tenho muito à acrescentar, mas lembro da foto e gosto muito...
ResponderExcluirQuanto à passagem do miolo do mundo que havia me perguntado, a resposta é que vc tem entrada franca tá menino? t adoro!