terça-feira, 25 de agosto de 2009

Tautológica (hoje)

Possível correspondência ao post abaixo ("Ah! A paixão!").
[e possivelmente a tantas outras coisas...]
Meio à la Cacaso e/ou Chacal, só que meu (por isso, perdão).



Andei descobrindo água
em outros planetas.

Só se leva um banho inesperado
pisando - de fato - na poça.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Ah, a paixão!

"Nada grandioso no mundo foi realizado sem paixão."
Tenho que concordar mais uma vez com Hegel. Se não existisse a paixão, muita coisa teria sido deixada pra trás. Depois de muita luta, hoje finalmente, comprei todos os volumes das Obras Completas do Freud e isso significa muito para alguém que tem paixão pela Psicanálise. Mas bem maior que essa minha paixão (e não é dela que quero falar), foi a de Freud pela pesquisa. Isso é fato: são 8016 páginas, que se dividem em 24 volumes, sendo o conteúdo de sua obra, não menos intenso que sua dedicação.
Fiquei pensando nisso hoje. Os resultados de seus estudos (que foram movidos por sua paixão), hoje, são referência mundial e obrigatória para qualquer um que se interesse pela psicanálise. E assim, outros pesquisadores obstinados vão surgindo e, apaixonados, vão contribuindo para o conhecimento de quem está apenas engatinhando. Não é o máximo? Juro, quando paro pra pensar nessas coisas (talvez óbvias), me pego de boca aberta, olhando lá longe, arrastando as pálpebras. Apaixonada.
Mas não foi só o trabalho do Freud que me inspirou a escrever sobre isso. Outros tipos de paixões também contribuíram para meu entusiasmo, ainda que não sejam as minhas no momento. :) Mas minha conclusão é a mesma: a paixão deve estar sempre permeando nosso dia a dia ainda que, por alguns instantes, ela desvaneça e cause vazio. Essa oscilação é essencial para nosso movimento no mundo.
"E a água correndo pro mar..."

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Homenagem Subliminar


Sim, sintO-me preso dentro de minhas limitações! Minha visão restringiU-se às paredes claras do meu apartamento que refletem toda ansiedade na espera da cura, não MAIS do corpo e sim da alma. Devo muito a estas que me FazEm sorrir, que me fazem perceber minha verdadeira causa dentro do meu próprio Lar, que me fazem evoluIr sem diZer uma palavra sequer.

Não consigo recordAr-me como tudo isso iniCiou-se, penso Até que seja impossível Descrever Algo tão forte que formou-se de modo rápido e graDual, sIngelo e viscerAl, tornando-se a mais bela e Pura manifestaçãO de afeto, caRinho. Existem coisas que após conhecermos Tornam-se nossas para sEmpRe, como um membro extra, seria tão difícil voltar a condição de antes, mas pra que voltar?

Na verdade quis aproVeitar O espaço e dizer o que sinto: é tão forte! Eu sei que sabem, mas talvez lendo voCês compreendam melhor, talvez enquanto lÊem, Sintam como eu ao escrever, talvez não; talvez terão a certeza de que sempre sentiram isso.

Bem vindo a nós! AprOveitemo-nos, isso sabeMos fazEr com mUita verdade, nossos dias tornaram-se mais aLegres, quAndo estamos juntos pensamos em outra coisa? PoDe ser que sim, e pOde ser também que nessa nova coisa nós estejamos lá. Juntos.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

relatos de mais uma tarde descafeinada

-"O esquisito é que cada um é diferente do outro, uai!"
-"Ainda bem."


Dentro dessa miscelânea social que jura nos poupar tempo, onde buscamos a legitimação de nossa civilidade e identidade mediante ao país, deparo-me de costas para um casal. Percebo suas vozes suaves e o sotaque um tanto "acaipirado" (bem mais que o meu), e enquanto espero ser chamada para deixar de ser uma indigente, ouço essa troca simples de palavras, que tanto me comoveram pela doçura e trivialidade que fizeram com que eu tirasse o caderninho de dentro da bolsa.
O cara é um piadista! Ao entoar sua paródia desatualizada, o rapaz do "Jápa-Guei" me faz engolir uma gargalhada (e se ela simplesmente saísse?).
Vejo daí que meu riso algemado não era mais do que um ato desesperado por estar aqui, sentada, sem lenço nem documento, jogando o joguinho que de Paciência só traz o nome, observando aflita o painel que anunciaria ("dim-dom") o número da minha liberdade.
Não me atrevi olhar para o banco de trás. Só quero carregar comigo essas vozes, sem imagens, e acredito que desvendar o pequeno mistério casual poderia ser, a eles, uma invasão. Também eu não tive coragem de expor o meu rosto pálido, urbano e mimado aos heróis ocultos da minha tarde.
Eu estava sozinha. (ou não mais)
DIM-DOM!

domingo, 16 de agosto de 2009

Fico por aqui.


Desta vez, começarei minha semana, carregando os sorrisos de hoje. Fazia muito tempo que não tinha um domingo assim: tão cheio de tanta coisa que fica.
Agora, só consigo pensar em dormir...
E que venham os ipês amarelos!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Sobretudo Sobre Tudo. E que sobre.

Sobretudo eu nem sei como dizer o quê. O fato é que acabei escrevendo o título antes de começar, o que faz com que você leia o texto depois e tente descobrir o ultrassentido que os dois fazem juntos, e aí fica com cara de boboca porque não entendeu. Ou me acha boboca porque o que eu digo não chega. Chega! é tudo ou nada.

Ok. O título não conversará; a conversão vem desse lugar esquisito com gosto de neurônio que se chama sonho. SONHO. Aquele, do sono, tio do surreal que mora em frente à venda do Manolo.

Mas agora eu parei de tentar dar mais sentido ao que eu mais senti do que pensei sentir; quis nos contextualizar no ambiente etéreo e "nonsense" que o sonho traz. É que três pesadelos seguidos me puseram muito cabra e agora o ideal é fichá-los:

#1
Local: apartamento antigo, quarto-sala-cozinha em carpete de madeira gasto
Cheiro: carniça, umidade e pavor
Quem: eu e alguns amigos (sei que tinha a Marina).
O que: descobrimos debaixo do carpete uma mão-defunta, e logo em seguida um corpo-defunto embaixo da cama; o dono do apartamento e dos restos mortais chega à porta, e nos escondemos inutilmente, chorando muito.


os outros dois ficam pro próximo contato. chega de terror por hoje, e desculpe a falta de bom senso.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Mudança




Ontem andei pensando em parar de andar...

...então parei de pensar e continuei andando.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

fragMENTANDO e en -fa-ti -zan -do as pALavRas


Analisando os textos aqui comTEXTUALIZADOS percebi uma certa frequência em sublinhar a "tomia" das palavras, de modo gerar um certo INsight que aos olhos de quem lê pode parecer confuso, mas que no aproFUNDAMENTO da observação conclui-se de grande INteligência. É claro que se isso cair no uso trivial ou deturpado da brinCADEIRA a piada pode perder o sentido e as descobertas das junções silábicas e toda graça cacofônica das palavras se reduzirão a um clichê e provavelmente tornarão gasto toda e qualquer forma de utlizar "nosso caps-lock" que no preSENTE com TEXTO fazem o maior sentido ( qualquer semelhança são meras coincidências).

Então que nos aBUNDEMOS dos fragmentos e aumentos e que pensemos suas utilizações, pois agora GOSTAria de modiFICÁ-LOS para um "nosense" ortoGRÁFICO transforrmando a iDÉIA inteligente numa brinCADEIRA inocente.


Obs.: A rima para mim é algo inevitável. Eu tento, tento, tento... Mesmo assim no final ela insiste em aPARECEr

IN SÔNIA

Sônia! Sônia! Sônia!
Quem é Sônia? Onde está Sônia?
Sônia está aqui, ali, em toda parte!
Sônia, sempre Sônia...

domingo, 9 de agosto de 2009

O que sai de cima.

Não, não vou escrever uma poesia. Dois motivos: não me atreveria e não quero que esse blog seja só de poesias. Tenho problema com essas classificações. É necessário deixar claro que eu também não sou essa pessoa que escreve. Também tenho problemas com materializações e inscrições. Conclusão: não entendo porque resolvi ter um blog. Há!
Desfrutando dessa minha mania "adorável" de racionalizar tudo que me chega, comecei a pensar sobre os motivos que me levaram à participar disso. A partir disso, muitas coisas surgiram e a maioria delas fizeram muito sentido, mas teve uma fundamental: ela e ele. O fato de estar dividindo alguma coisa com a Carol e com o Marcelo faz com que eu passe por cima dessas minhas limitações e amarras literárias. O nosso encontro merece isso. :)
Cheguei então à palavra "encontro". Comecei a pensar nos encontros significativos que aconteceram na minha vida e nos muitos que, hoje em dia, já se desencontraram, mas que mudaram o meu jeito de andar. Às vezes, você realmente tem que desencontrar para continuar amando. Ou, reencontrar para continuar sonhando. Já começo a me perder nos meus pensamentos. :)
Mas enfim, o que queria dizer nessa primeira postagem é que esse encontro, nós 3, faz com que eu me encontre e desencontre, me reinventado a cada dia.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Um breve porquê poético do que se vê



Poema às cores

Atenta nesta paleta de cores
estes sinais de opulência da luz breve
símbolos que acordam a manhã dos nossos olhos
para a flor do sol
que insistem na múltipla transfiguração
das imagens que dão forma às nossas vidas;

repara no preto e no branco
como se a sinfonia dos acasos
não fosse mais que a simetria dos ocasos

ou no azul que desfalece
os matizes infindáveis do cinzento
que vai nos olhos, no sangue de cada um

porque é o sol magenta dos alvores matinais
que trai os sonhos da madrugada
a reflexão das cores e do entendimento.

Vê como o verde decai
em tonalidades martirizadas pelo ocre e o amarelo
sustentando a linha melódica dos barros;

Observa a cor do céu na fria latitude
dos gelos glaciares,na transparência da água dos oceanos
resolvida em anémonas e corais de luz.

Atenta no rosa dos frutos da primavera
entre as folhas a captar o sol
para a maturidade corrompida pelo granizo
onde a imagem da noite bailano esmorecimento das cores e a sua ausência

o negro

.....o presente persistindo .....
curvado à sapiência do eterno.

Atenta nas cores
e ouve o timbre os tons da música
capazes de trazer violetas e rosa
são patamar da euforia
o clímax de licores de carmim e rosa
em púrpura desfeita virgindade
na face da menina
já mulher.

Lê a tua sina em esmeraldas
e em rubis cristalizados
proscritos até ao fim do tempo
ou o ébano das noites frias envenenando o brilho diáfano de ametistas e turquesas
que resolvem a cinza em azul e oiro

e vê como tudo se encaminha para um grande abraço
num arco-íris que vincula a terra à terra
o sangue ao rubro sangue das entranhas dum vulcão
que derrama todas as cores,os símbolos e os signos

o magma que há de florescer nas sensações
a percepção subjectiva
do real.

Viera Calado

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

prepare sua lixeira que mais um blog vem aí

a palavra saindo da boca, deixando a ponta do lápis e transitando agora pelos dedos.
os velozes dedos do mal.
respeitando a rapidez da informação, mesmo sem acompanhá-la.
talvez sem também respeitar a velocidade da vontade
do impulso da vontade
e da necessidade
de um mísero expressar.
pronto:
daí nascem os aterros sanitários internéticos.

Desvir-textando.

Me sinto muito bem-vinda. Há!!!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

TEX-TANDO

será?




tchau!