quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Presente Poema

Recebi, hoje, esse poema da Denise e não posso deixar de colocá-lo aqui.
A primeira frase, já me enche o peito. Te amo, De.


Se é sem regresso, prefiro que vá
Ter-te por narcisismo é muito previsível.
Se é fato o retorno, eu contorno
Prefiro o seu abraço aos poucos a nenhum.
Eu fico com a voz ao telefone,
Com as linhas escritas na contra-mao do dia quente,
Com o riso que ressoa como uma alfaia dentro de mim.
Eu me sinto traída por essas circunstancias repetentes,
Partir e mudar, mas nunca deixar o legado
O gosto salgado já vem breve.
Se soubesses quantos gestos repasso
desde que entrastes no meu quintal.
Não desejo que vá, mas se é relevante, retorne sempre
Prefiro o seu abraço aos poucos para que meu coração de amiga
Beba do gosto adocicado da nossa crença,
A fé de que ainda houve um tempo em que se podia dar as mãos sem medo.
Eu te amo, minha amiga.

Denise Mamede

2 comentários:

  1. Faço das palavras dela as minhas!

    Muito bom! MESMO


    Ah estou ausente devido a correria, mas em breve estarei mais presente neste contexto!

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  2. quem é vivo quase desaparece, não?
    óia o má!

    ah, e gostei muito das figuras do poema... muito generoso! aê, dê!

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